TEXTO BÁSICO
Texto básico
> Introdução
O Brasil apresenta entre o quinto e o sexto maiores
produtores de algodão do mundo, porém apresenta baixo
rendimento. Pelos dados da CONAB, a safra 97/98 de algodão
no Brasil atingirá a marca de 520 mil toneladas de algodão
em pluma, produção correspondente a uma área
semeada de 901,9 mil ha. Tem-se portanto uma produtividade estimada
de aproximadamente 577 kg de algodão em pluma/ha (FERREIRA
FILHO, 1998). Sendo que os Estados de Goiás e de São
Paulo respondem com 25% da produção brasileira (IBGE,
1996).
Na região do Brasil central, tem-se vasta
área de cultivo de soja e milho, seja em monocultivo ou em
rotação. Dentre as culturas mais promissoras para
integrar este sistema de rotação nessa região,
seria o algodoeiro, visto que cultivada após a soja sua produção
sofre aumentos significativos, além de outros efeitos benéficos
na propriedade como a otimização de utilização
de maquinária, melhoria na qualidade biológica do
solo, entre outros. Um outro ponto importante que justifica a introdução
dessa cultura no cerrado, seria o atraente retorno econômico
comparado as demais opções, segundo Fernandes (2000)
a exemplo do milho, onde o algodão (sob plantio direto no
estado do Mato Grosso do Sul) teria uma margem líquida de
R$ 918 contra R$ 106 por ha do milho, portanto tem-se uma diferença
próxima a 770%. Este quadro de maior retorno econômico
do algodoeiro, apartir de 1999, deve-se a alta tecnologia empregada
no cultivo e ao equilíbrio mundial da oferta e do consumo
de algodão.
Com a globalização da economia os
cotonicultores brasileiros passam a concorrer diretamente com os
melhores cotonicultores do mundo. Neste contexto haverá espaço
apenas para a cotonicultura moderna, que aplique a tecnologia para
a redução dos custos de produção e com
incremento na qualidade e rendimento.
Em função da busca da eficiência
de produção, nos últimos anos a cultura do
algodão vem tomando várias regiões do cerrado,
pela topografia plana que incrementa a mecanização
da cultura, pela boa distribuição de chuvas na região,
pela cultura não apresentar restrição quanto
a fotoperíodo e também como alternativa de rotação
de culturas com a soja e o milho.
Uma das restrições nestas áreas
de fronteira agrícola para a cultura do algodão seria
a fertilidade do solo, porém uma situação fácil
de contornar através do manejo químico do solo. É
amplamente referenciado na literatura que o algodoeiro é
uma planta exigente em nutrientes, e em algumas situações
susceptível a pragas e doenças, portanto, para a maximização
do rendimento e maior resistência fitossanitária, a
nutrição adequada e equilibrada passa a ser fundamental.
Neste contexto este trabalho objetivou uma revisão
de literatura sobre a nutrição mineral do algodoeiro,
como pré-requisito para um manejo químico adequado
com intuito da maximização do rendimento econômico
da cultura.
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