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TEXTO BÁSICO

Texto básico > Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS)

Conforme comentado anteriormente, os dois critérios de interpretação (nível crítico e faixa adequada) discutidos baseiam-se no estabelecimento de padrões para plantas produtivas e na comparação das concentrações dos nutrientes das amostras com esses padrões. Nos dois procedimentos, utiliza-se o teor absoluto de nutrientes.

Nestes dois critérios, tem-se a relação do nutriente na folha, obtida em experimentação pelas curvas de calibração, e a produtividade da planta. Assim, a comparação de uma amostra qualquer com o padrão, deve gerar indicação válida, somente quando se tem as mesmas condições edafoclimáticas (temperatura, disponibilidade de água e de outros nutrientes, e reação do solo, entre outras) em que foi ajustada a curva de calibração.

Assim, em condições de campo, em lavouras comerciais, poucas glebas reproduzem as mesmas condições de crescimento e desenvolvimento daquelas obtidas na curva de calibração. Nestas circunstâncias, há ressalvas ao método do nível crítico ou faixa adequada, em função de sua capacidade ser limitada em prognosticar o estado nutricional da cultura para determinado nutriente, comprometendo a precisão da futura recomendação de adubação.

O DRIS foi idealizado como um processo de diagnóstico capaz de superar as limitações do método convencional (nível crítico ou faixa adequada ou de suficiência), discutido anteriormente e, principalmente por minimizar os efeitos de diluição ou de concentração dos nutrientes em relação às variações no acúmulo de matéria seca pelos tecidos vegetais.

A concepção teórica do DRIS é interessante agronomicamente, pois permite trabalhar com relações de todos os nutrientes. Assim, pode existir uma situação em que a baixa produção da cultura se relacione com o desbalanço nutricional e, talvez, com um pequeno acréscimo daquele nutriente, o problema seja selecionado com reflexo significativo na produção e na relação benefício/custo.

Na verdade, o DRIS é uma técnica baseada na comparação de índices, calculados através das relações entre nutrientes. O sistema baseia-se no cálculo de índices para cada nutriente, considerando a sua relação com os demais e comparando cada relação com as relações médias de uma população de referência (alta produção). Para cada nutriente, índices com valores negativos indicam deficiência, e positivos, excesso, enquanto valores próximos de zero correspondem a uma nutrição equilibrada.

O sucesso do DRIS vai depender da confiabilidade dos dados obtidos na população de referência dependente do alto número de observações que, muitas vezes, constitui o gargalo do DRIS. Some-se a isso o fato de que o DRIS não é imune às adversidades comuns nos outros métodos de diagnose. É necessário que a aplicação do DRIS seja regional e não extrapolada para muitas regiões produtoras, e que mantenha controle satisfatório de técnicas de amostragem dos tecidos para diagnose.

O DRIS foi desenvolvido para a interpretação menos dependente de variações de amostragens com respeito à idade e origem do tecido, permitindo um ordenamento de fatores limitantes de produção e realçando a importância do balanço de nutrientes (Bragança & Costa, 1996).

Embora a concepção teórica do DRIS seja antiga, pois a primeira publicação foi a de Beaufilis (1973), somente no final da década de 90 seu potencial está sendo explorado, sendo impulsionado principalmente pelo avanço da informática nos últimos tempos.

É importante ressaltar que, apesar da importância da diagnose foliar em culturas perenes, ela não substitui a análise química do solo; assim sendo, as duas ferramentas devem ser utilizadas conjuntamente, possibilitando uma recomendação de adubação mais precisa.

Entretanto, salienta-se que a diagnose pela análise química foliar, para determinados nutrientes, tem contribuído mais do que a análise química de solo, especialmente para o nitrogênio, enxofre e micronutrientes. Para os dois primeiros, é explicada pelas instabilidades que apresentam no solo em curto espaço de tempo, ou seja, são elementos altamente dependente da matéria orgânica e da atividade da microbiota do solo e não por falta de métodos laboratoriais adequados. Enquanto, para os micronutrientes, o maior problema é a pouca pesquisa de calibração da análise de solo.

No caso do nitrogênio, ultimamente, está sendo muito discutido um método diagnóstico indireto através da leitura de clorofila.

Texto básico > Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS)

 

   
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