TEXTO BÁSICO
Texto básico > Diagnóstico
e as implicações práticas
O diagnóstico do estado nutricional da planta
pode ser obtido quando os resultados da análise química
de uma determinada amostra (folha/solo) são confrontados
com os resultados de um padrão conhecido; daí se pode
detectar a deficiência, o excesso ou o desbalanço nutricional
da amostra em análise. Caso o diagnótico aponte algum
problema nutricional, deve-se proceder a adição dos
nutrientes através da prática da adubação.
Portanto, a prática da adubação
deve estar ancorada na análise química do solo e da
folha, baseada nas tabelas de recomendação oficial
da região de instalação da lavoura e lançando
mão de outras ferramentas auxiliares, como histórico
da área e método de diagnose (DRIS). Estes procedimentos
integrados são importantes, uma vez que o cafeeiro é
considerado exigente em nutrientes.
Antes de proceder a adubação, propriamente
dita, é preciso verificar se o cafeeiro apresenta baixos
níveis foliares de Ca e Mg ou se o solo, na camada superficial
(0-20 cm), apresenta reação ácida, de forma
que, nesta condição, é um indicativo da necessidade
de calagem para fornecer Ca e Mg e para a correção
da acidez do solo. Se estes atributos estiverem também baixos
na camada subsuperficial (20-40 cm), é necessária
a gessagem.
Salienta-se que a prática da calagem/gessagem,
como condicionador do solo e, a adubação propriamente
dita, devem receber manejo criterioso em todas as fases de desenvolvimento
do cafeeiro, como: na fase de mudas, de formação e
de produção, de forma diferenciada, conforme será
discutido nos próximos capitulos.
A dose de fertilizante a ser aplicada depende da
exigência da planta que, por sua vez, está relacionada
à expectativa de produção e da própria
idade da planta. Caso o solo apresente uma fertilidade compatível
com a exigência requerida, não há necessidade
da adubação, caso contrário, sim, conforme
mostra a expressão genérica:
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Exigência da planta - fornecimento pelo
solo |
Dose a aplicar = |
|
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p ("perdas" N 50%, P 70% e K 30%) |
Nesta expressão, o fator p, que é
indicativo da taxa de recuperação pelas plantas, até
um ano após a aplicação, do nutriente varia
em função do elemento, do modo de aplicação,
da fonte do fertilizante, das condições climáticas
no momento da aplicação, da atividade da microbiota
e da reação do solo, entre outras.
Além da definição da dose
do fertilizante, do calcário ou do gesso, a época
e a forma de aplicação também são importantes,
e serão abordadas oportunamente, com maiores detalhes.
Texto básico
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