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Demanda de nutrientes paracultura
1. Teor foliar de nutrientes
A composição das folhas é
afetada por diversos fatores. Para que a interpretação
dos resultados não seja prejudicada é essencial a
padronização da amostragem. Malavolta (1987) recomenda
para a cultura da melancia, amostrar pecíolo da sexta folha
a partir da ponta da rama, por ocasião do aparecimento do
primeiro fruto, num total de 40 pecíolos por hectare. Por
outro lado, Trani & Raij (1996) recomendam amostrar a quinta
folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical, da metade até
2/3 do ciclo da planta, em 15 plantas.
Na Tabela 3 são apresentados as faixas de
teores de macro e micronutrientes nas folhas, que são considerados
adequados, de acordo com Locascio (1996) e Trani & Raij (1996).
Tabela 3. Faixa de teores adequados de macro e
micronutrientes em folhas de melancia.
|
Elemento |
Locascio (1996) |
Trani & Raij (1996) |
|
|
g kg-1 |
N |
25-50 |
25-50 |
P |
2-6 |
3-7 |
K |
20-60 |
25-40 |
Ca |
10-20 |
25-50 |
Mg |
3-6 |
2-12 |
S |
3-5 |
2-3 |
|
mg kg-1 |
B |
80-100 |
30-80 |
Cu |
5-10 |
10-15 |
Fe |
30-150 |
50-300 |
Mn |
100-200 |
50-200 |
Mo |
5-10 |
- |
Zn |
50-100 |
20-60 |
Cl |
50-100 |
- |
|
2. Marcha de absorção dos nutrientes
Considerando-se o acúmulo total de nutrientes pela planta
inteira, verifica-se um acúmulo crescente dos elementos:
N, P e Ca até os 85 dias, Mg e S até os 75 dias e
K até os 65 dias (Figura 2). O acúmulo de nutrientes
pelos frutos inicia-se praticamente aos 45 dias e de forma lenta
até os 55 dias. Após este período até
os 65 dias tem-se um incremento abrupto para todos os nutrientes
e em seguida tem-se um aumento moderado até aos 75 dias (Figura
3).

Figura 2. Acúmulo de N, P, K, Ca, Mg e S (g por planta),
na planta de melancia cv. Crimson Sweet em função
do estádio de desenvolvimento, na região de Ilha Solteira-SP
(Fernandes, 2001).

Figura 3. Acúmulo de N, P, K, Ca, Mg e S (g por fruto), nos
frutos de melancia cv. Crimson Sweet em função do
estádio de desenvolvimento, na região de Ilha Solteira-SP
(Fernandes, 2001).
Grangeiro & Cecílio Filho (2002b) trabalharam com melancia
sem semente (híbrido Tide) verificaram que de maneira geral,
até 30 dias após o transplante (DAT), a absorção
de nutrientes foi pequena (menor que 2% do total). Já a partir
dos 45 DAT, com a frutificação houve um incremento
significativo. Com a entrada no estádio de frutificação,
os frutos passaram a ser os drenos preferenciais da planta, o que
ocasionou a partir de 60 DAT uma redução no acúmulo
de N, P e K e estabilização no acúmulo de Ca,
Mg e S na parte vegetativa. Portanto, o período de maior
demanda para os nutrientes N, Ca e Mg foi de 45 a 60 DAT e para
P, K e S de 60 a 75 DAT.
3. Quantidade de nutrientes exportados
As quantidades de N, P, K, Ca, Mg e S extraídas pela planta
de melancia aos 75 dias são (em kg ha-1): N- 52,58; P
4,73; K 55,17; Ca 36,74; Mg 14,58 e S
72,09. Agora, considerando-se que 55% da matéria seca da
planta, é fruto, as quantidades de nutrientes exportadas
na ocasião da colheita são (em kg ha-1): N- 28,92;
P 2,60; K 30,34; Ca 20,21; Mg 8,02 e
S 39,65 (Fernandes, 2001).
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